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Sobre o projeto

InMAP

O projeto InMAP – Memórias e Arquivos: Mapear o (In)tangível (2024-2025) pretende analisar a situação dos arquivos de memória criados nas últimas duas décadas por instituições ligadas ao património (e.g., museus, bibliotecas, arquivos, universidades, associações).

Para além de uma caracterização destes arquivos de memória recente (e.g. arquivos que documentam o património imaterial e a história oral), é essencial compreender a escala e a extensão das barreiras à documentação, preservação e acesso destes acervos.

Este diagnóstico, que prevê a identificação de necessidades e desafios, irá permitir o desenvolvimento de orientações no campo das políticas públicas.

Contexto

Nas últimas décadas tem-se observado um número crescente de novos arquivos criados por instituições de memória (museus, bibliotecas e arquivos) e outras organizações públicas ligadas ao património (universidades, escolas, associações, entre outras).

Identificam-se pelo menos três aspetos (interligados) que terão contribuído para este estado da arte: 1) o desenvolvimento da história oral reforçou a necessidade de documentar as memórias de pessoas, comunidades e participantes em eventos passados; 2) o impacto da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, de 2003, apelou à necessidade de registar e documentar práticas tradicionais, i.e., o Património Cultural Imaterial (PCI) para um futuro sustentável; 3) a necessidade de enriquecer e complementar os arquivos oficiais com as experiências e a participação das comunidades.

Muitos destes arquivos de memória recente guardam registos de gravações de som e vídeo, fotografias ou outros documentos relacionados com a preservação da memória e com a documentação do PCI, quer em formato analógico, quer em formato digital.

No entanto, atualmente, em Portugal, não existe um inventário à escala nacional sobre estes arquivos e repositórios dispersos, assim como informação sistematizada que possa informar sobre a sua caracterização, desenvolvimento e impacto na sociedade.

Em resposta a estes desafios, o projeto InMAP irá mapear e analisar a situação dos arquivos de memória, considerando uma amostra de âmbito nacional e incidindo sobre um conjunto de instituições diversas (e.g., museus, bibliotecas e arquivos, universidades, associações).

Como?

O projeto InMAP terá por base um conjunto de instrumentos de análise, que incluem um inquérito, trabalho de campo (entrevistas e grupos focais) e revisão da literatura.

A investigação será útil para responder a vários objetivos. Em primeiro lugar, apresentará um diagnóstico da situação atual, identificando necessidades e desafios, e informará o desenvolvimento de planos para mitigar esses problemas. Desta forma, o projeto produzirá um documento final (policy brief) que incluirá uma proposta de recomendações que tenha em conta as especificidades destes arquivos.

Em segundo lugar, os resultados darão forma à conceção de um conjunto de ferramentas relacionadas com a preservação digital para ajudar os profissionais no desenvolvimento de estratégias, especialmente tendo em conta as instituições de memória de menor escala.

Por último, este estudo ajudará a sensibilizar para a valorização destes recursos, contribuindo para a salvaguarda deste património.

Parceiros

O projeto InMAP é uma iniciativa do CIDEHUS – Centro Interdisciplinar de História, Cultura e Sociedades da Universidade de Évora e tem o apoio da Cátedra UNESCO em Património Imaterial e Saber-fazer Tradicional: Ligando Patrimónios.

No projeto participam duas instituições colaborativas: o Património Cultural, I.P. (ex-Direção-Geral do Património Cultural) e o Observatório Português das Atividades Culturais.

Financiamento

O projeto InMAP é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência no âmbito do programa Science4Policy 2023 (S4P-23): Concurso de Estudos de Ciência para as Políticas Públicas, uma iniciativa do PlanAPP, Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública, em parceria com a Fundação para a Ciência e Tecnologia.